setembro 25, 2004

Ouvindo 3rd Force e Beethoven

Parece que não combina, mas é ótimo para quem viaja no espaço.

O Salto da vida Humana, visto do ponto de chegada, de lá para cá.
Mergulhando, jumping, diving...

Mergulhando na vida de cabeça. É assim que nascemos - pelo menos é assim que a maioria nasce ou foi planejada para nascer - saindo da proteção que deveria ser absoluta do útero materno e que nos dias de hoje é tão fortemente influenciada e marcada pela pressão externa do mundo em que iremos nascer, mergulhando de cabeça na vida Humana que nos espera.

Mas para onde vai esse mergulho? Por que mergulhamos aqui? Não deve ser excluída a hipótese muito provável de muitos de nós termos sido empurrados da beira da piscina, empurrados por uma lança da ponta da prancha em alto mar, ou jogados de um avião bem de lá do alto, ou mesmo de uma nave espacial.

Mas se um pulo, um salto, descreve o ato de nascer, seria este um salto no ar, ou um salto no mar, ou um salto no vácuo?

Um salto é um salto.

Saltamos para estas nossas dimensões, todos nós, sem exceção, para seus limites, domínios, luzes, odores, cores, sentimentos, amores, prazeres e dores.

Saltamos sem saber o que vai acontecer - será que temos pára-quedas, equipamento de mergulho ou nave espacial -, ou se diretrizes principais traçamos anteriormente, logo percebemos que muito ou quase tudo pode influir em nossos caminhos.

Controle do salto. Dominar o salto. Calma. Tá caindo, tudo bem, mas com calma podemos sentir melhor em que ambiente saltamos e estamos caindo, se rápido ou devagar, entender o meio em que saltamos: ar, mar ou vida Humana? Aprender a se mover e controlar a queda, com isso podemos até curtir nosso salto! Aprender a continuarmos vivos e pousando no objetivo programado para o salto.

Meu salto nessa vida é um sky-diving. Sou um pássaro por natureza.

E de todos os objetivos dessa vida o que mais me parece difícil é me adaptar ao meio. Essa habilidade de controlar o salto é que me foge das mãos e o que humildemente peço para desenvolver. Passo a passo, pouco a pouco, saber desenvolver a habilidade de concluir meu salto nesta vida e alcançar o objetivo programado.

Sinto imensa dificuldade em ter algumas habilidades consideradas essenciais aos que aqui estão nesse momento do tempo nesse planeta Terrra. Tem certas coisas com as quais não me sinto à vontade e sou totalmente inapto. O pior é que algumas dessas coisas são fundamentais para que se obtenha "sucesso", "êxito" e "prestígio" entre esses hominídeos babacas - desculpem irmãos, mas tem uma porrada desses espalhada por aí.

Uma dessas dificuldades é a habilidade de fazer dinheiro. Putz, eu não tenho essa habilidade, morro de medo da grana e tenho a maior dificuldade em controlar a dita cuja. Não sei mexer com ela. Não nasci banqueiro. Desde cedo eu a vejo com os outros, comigo nunca e o pouco que tive flui, se desfaz, se esvai por entre meus dedos, para desespero meu e dos que dependem de mim - me daria por muito satisfeito se para a sobrevivência tivesse.

Daí passam a surgir alternativas. Será, ó Pai, que por um acaso desses, sabe-se lá possa haver alguma alma companheira do gênero feminino que também tenha saltado para cá e que tenha desenvolvido essa tão útil habilidade e queira comigo compartilhar esse salto?

É uma boa solução, diz aí Pai, fala a Verdade...

Bom, concordo que essa solução é prática até demais e não propicia por mim o desenvolvimento da habilidade, mas pelo menos eu posso ver bem de perto como se faz e aprender!

O problema é que o final de todos os saltos já é conhecido, quaisquer sejam eles nessa vida Humana: a morte.

Mas tal qual o nascimento ela também é outro salto para o desconhecido. E ninguém leva o dinheiro, o "sucesso", o "êxito" e o "prestígio" por ele conquistados.

Então porque fazer disso um objetivo tão fundamental nessa vida?

Pra que se despender tanto esforço e vidas e vidas e vidas para desenvolver uma habilidade que não serve pra nada depois dessa vida e do novo salto?

Pai, a Palavra é sua - todas são, sempre foram e sempre serão, mas responde essa pra mim, vai.

Tá bom, tem uma pista: os sentimentos, amores, prazeres e dores, todos se levam para o novo salto, sem exceção. São frutos de nosso esforço e habilidade em desenvolvê-los. Mas podia fazer isso sem grana no meio, não podia?


Funciona assim: pergunta que a resposta aparece:

"(...)O homem no mundo

10. Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob
as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.

Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação
mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.

Sois chamados a estar em contacto com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.

Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os
prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo dalma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes. Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.

A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas, os
deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contacto com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Capítulo V, nº 26.)

Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para
viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente ele os abençoa. Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)(...)

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