dezembro 30, 2011

Nouvelle Cuisine
Ouvindo Smooth Radio London - James Ingram & Michael McDonald - Yah Mo Be There

Sobre perguntas e respostas, ou, sem manjericão o sabor não é o mesmo.


Esta semana estava me questionando sobre o EU e o modo como todas as vidas vividas podem ser compreendidas, uma a uma, com sua  somatória formando um TODO. Achava meio injusto com o momento “atual” de cada um, mesmo que esse “atual” esteja no passado, presente ou futuro, podendo se misturar e sumir num mix de si mesmo e só ficar como um gostinho leve de manjericão que precisasse de vários momentos pra ser identificado. Tanto esforço, suor e vivenciação extrema para virar um coadjuvante de si mesmo...


Ficou uma sensação de que uma vida hoje vivida pode não ser exatamente a escolhida para viver a eternidade e um sentimento da possibilidade que paira sobre esta vida, de uma certa maneira e por um entendimento tosco, não continuar após a morte, simplesmente pelo fato de não ser aproveitada para a eternidade; por uma decisão até do próprio indivíduo. Algo do tipo: não gostei do que fiz nessa vida e vou adotar outra, ou outras, para a eternidade e dessa não vai ficar nada, ou quase nada.


Mas essa vida que não fica quase nada, sou eu hoje! Não que estivesse pensando sobre o eu de hoje, mas sobre um hipotético ser que radicalmente decepcionou-se com uma determinada vida.

Porém essa possibilidade não existe, pois o tempo passado aqui não se apaga e mesmo os erros – principalmente eles – fazem com que as vivenciações terrenas tenham maior valor.

Uma vida cheia de sucessos! E o que é sucesso? Talvez esse seja o fracasso...

O que me leva a escrever não é essa abordagem, mas outra que aconteceu comigo hoje. 

Estou tão chato e num momento de tamanha insatisfação comigo mesmo que ao chegar em casa, absolutamente extenuado, ao lavar o rosto e me olhar no espelho fiquei com o saco cheio de mim mesmo! Tanto, que cheguei a pensar:

“Acho que é melhor começar outra vida! Essa tá muito sem graça! Estando eu tão com o saco cheio de mim mesmo, já imaginou que coisa horrível seria passar a eternidade sendo exatamente assim, como estou me olhando no espelho?”

Tremi nas bases. Isso pode ser o inferno! Mas eu procuro a evolução... como fica isso?

Não me abandono jamais. Eis o toque necessário para colocar mais tempero nessa vida. E sabe a quem cabe isso? A mim, óbvio!

Auto tempero. Elaborar pratos finos pode ser uma analogia, neste plano, da arte de construir a si mesmo na eternidade. E por consequência, juntando tudo, da elaboração da Humanidade.

Manjericão, basílico ser etéreo permeando os tempos, ainda bem que existes!

Um comentário:

Schico disse...

Just testing